A Logoterapia é conhecida como a Psicologia do Sentido da Vida por ser uma teoria psicológica que se fundamenta na busca por um significado.

  A palavra Logoterapia, deriva-se de 2 vocábulos gregos. Logos: um dos seus significados é Sentido. Therapeia: tratamento ou cura para uma determinada disfunção ou problema.

 “A Logoterapia, ou, como tem sido chamada por alguns autores, a “Terceira Escola Vienense de Psicoterapia”, concentra-se no sentido da existência humana, bem como na busca da pessoa por este sentido.”

(EBS p.48) Frankl dá uma ênfase maior a um dos significados do termo “Logos”, que é “Sentido”. E é a partir desse conceito, que ele vai nomear a sua teoria: Logoterapia, a terapia do sentido.

  Porque esta se concentra no sentido e na busca do sentido da existência humana. Portanto, a Logoterapia é a terapia através dos sentidos, a cura através do significado.

 

  Como a Logoterapia enxerga o homem?

 

  A Logoterapia enxerga o homem de forma tridimensional, como um ser biopsiconoético.

Ou seja, o homem possui:

• Uma dimensão biológica (união de processos corporais, entre eles os processos celulares e químicos).

• Uma dimensão psicológica (vai desde os impulsos, sensações e desejos, até os processos intelectuais e padrões comportamentais e sociais).

• Uma dimensão espiritual/noético (posturas do ser humano perante sua porção psicofísica, como, por exemplo: as decisões da vontade, intencionalidade, interesses práticos e artísticos, pensamento criativo, religiosidade, senso ético (consciência moral) e compreensão do valor. Nessa dimensão estariam os valores morais, a autotranscendência e sentido para a vida.

 

  Logoterapia e Análise Existencial é uma abordagem psicoterapêutica reconhecida internacionalmente e validada por instituições internacionais de renome científico como a American Psychological Association (APA), fundada na década de 30, pelo neuropsiquiatra Viktor Emil Frankl (1905-1997), desenvolveu uma abordagem psicoterapêutica robusta e eficaz, mas cuja fundamentação extrapola o campo clínico, podendo ser utilizada como Logoteoria em diversos campos profissionais, fundamentando e orientando intervenções que centradas na temática do sentido da vida, revelam a profundidade do ser humano e de suas vontades e a complexidade de sua integralidade como um ser bio-psico-espiritual que vivem em sociedade.

  A visão de pessoa da Logoterapia e Análise existencial revela-se extraordinariamente diferenciada de outras abordagens, pois considera o ser humano como um ser livre, consciente, responsável e transcendente.

 

"Quando a circunstância é boa, devemos desfrutá-la; quando não é favorável devemos transformá-la e quando não pode ser transformada, devemos transformar a nós mesmos."

Viktor Frankl

 

Quem foi Viktor Frankl

 

  Viktor Frankl foi o criador da Logoterapia.

Ele nasceu no dia 26/03/1905, em Viena e foi psiquiatra e neurologista de formação, e psicólogo por vocação.

  Frankl nasceu em 1905 na cidade de Viena que, na época, já era o berço da Psicologia clínica.

  Em 1926, usou pela primeira vez o termo “Logoterapia”.

  Com o decorrer dos anos, Frankl foi estudando e publicando artigos a respeito da Logoterapia, do sentido da vida, do vazio existencial e outros temas de seu interesse.

  Durante os anos 20, continuou seus estudos e ao mesmo tempo fez um trabalho social de assistência psicológica junto a outros estudantes e médicos, que reduziu a zero a taxa de suicídios entre adolescentes em Viena.

Já como um jovem médico, na década de 30, ele trabalhou em um hospital, numa ala de pacientes que haviam tentado o suicídio. Lá, ele atendeu cerca de 3.000 mulheres e, a partir da experiência naqueles anos, disse que deixou para trás o que aprendeu com Freud e   Adler, e passou a aprender com seus próprios pacientes.

Em 1937 abriu o seu próprio consultório que teve que ser fechado alguns meses depois por conta do domínio nazista na Àustria e o início da perseguição aos judeus. Seu trabalho agora passa a ser limitado aos pacientes judeus.

  Em 1940, recebeu um visto para imigrar aos Estados Unidos e fugir da perseguição, mas optou por ficar em Viena para cuidar de seus pais idosos. Casou-se com Tilly Grosser em 1942, mas a essas alturas, sua vida estava prestes a sofrer a maior tragédia até então. Entre setembro de 1942 a Abril de 1945, ele enfrentou a sua via crucis, tornando-se prisioneiro do regime totalitário nazista e sentindo na pele suas políticas genocidas, ao passar como prisioneiro por 4 campos de concentração.

  Antes do domínio nazista na Áustria, ele estava vivendo um bom momento em sua vida.

  Recém-casado, Era um jovem médico muito promissor, reconhecido pela sua capacidade profissional e acadêmica. Em paralelo já estava desenvolvendo e divulgando a sua própria teoria, a Logoterapia.

  Porém, ao ser libertado do pesadelo dos campos de concentração, ele já não tinha mais nada.

  Não tinha mais sua carreira, sua clínica, sua esposa e seus pais.

  Engana-se quem acha que Frankl criou a Logoterapia nos campos de concentração.

  Antes mesmo de ser enviado para os campos, ele já havia criado a Logoterapia e, segundo ele, sua teoria acabou sendo testada da forma mais adversa possível nos campos de concentração.

  Ao colocar em prática sua própria teoria, tanto em sua experiência como na tentativa de ajudar aos outros.

  Frankl é testemunha de como a Logoterapia mostrou-se eficaz em ajudar o indivíduo a encontrar sentido para a vida, mesmo em meio ao sofrimento e total privação.

  Alguns meses depois de voltar para sua cidade, ainda entre as ruínas do pós-guerra, em 1946, Frankl torna-se diretor do departamento de neurologia da policlínica universitária e professor da Universidade de Viena.

  Ao longo de sua vida, Frankl escreveu 39 livros, 400 artigos, lecionou em 209 universidades nos cinco continentes e recebeu 29 títulos de doutor honoris causa.

  Aos 91 anos de idade, em 21 de outubro de 1996, Frankl lecionou sua última aula, na Universidade de Viena.

  Para a teoria logoterapêutica de Frankl, a vida nunca deixa de ter um sentido, mesmo diante das mais difíceis situações e do sofrimento inevitável, foi a sua própria história de vida, por exemplo.

                         

                                                                                          Fonte:IP Logo